Saúde

Arquitetura da saúde pública marca os 35 anos do SUS em MS

Estado vive novo ciclo de estruturação com foco em acesso e qualidade do atendimento Estado vive novo ciclo de estruturação com foco em acesso e qualidade do atendimento

No mês em que completa 35 anos, o SUS (Sistema Único de Saúde) reafirma seu papel como a maior política pública de inclusão social do Brasil. Em Mato Grosso do Sul, o marco é celebrado com uma nova fase de estruturação da rede estadual, que alia regionalização, modernização da gestão hospitalar e investimentos estratégicos para ampliar o acesso, qualificar o atendimento e garantir eficiência em todos os níveis de atenção.

Os resultados já são visíveis: em 2025, Mato Grosso do Sul ultrapassou a marca de 2 milhões de doses aplicadas, atingindo a cobertura vacinal máxima preconizada pelo Ministério da Saúde. O desempenho garantiu ao estado a nota 100 no Ranking de Competitividade dos Estados, posicionando MS como líder nacional em cobertura vacinal. Na rede de hospitais regionais, o número de atendimentos cresce a cada dia.

Para além dessas unidades, toda a estrutura hospitalar do estado tem sido amparada pela Pehosp — política inédita de financiamento que fortalece hospitais locais, de apoio e regionais, garantindo estabilidade, valorizando desempenho e ampliando a resolutividade da rede. Simultaneamente, o NEGEPS (Núcleo Estadual de Gestão da Segurança do Paciente) demonstra que toda essa estruturação tem considerado não somente a alta performance, mas também a qualidade, a segurança e a humanização do cuidado.

Antes do SUS, entretanto, o cenário era de exclusão. Apenas quem tinha vínculo com o antigo Inamps (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) tinha direito à assistência, enquanto milhões de brasileiros eram considerados “indigentes” e dependiam da boa vontade de entidades filantrópicas, rememora o superintendente estadual do Ministério da Saúde no Mato Grosso do Sul, Ronaldo de Souza Costa.

“O SUS nasceu para corrigir injustiças históricas. Lembro de pessoas com bócio andando pelas ruas, de pacientes sem acesso a tratamento, invisíveis ao Estado. A criação do sistema foi um divisor de águas”, recorda o superintendente, que à época participou das mobilizações pela 8ª Conferência Nacional de Saúde, marco da redemocratização.

A fala foi realizada durante evento comemorativo pelos 35 anos do SUS, celebrado em 19 de setembro, na sede da Superintendência do Ministério da Saúde em Campo Grande. Na ocasião, gestores públicos — entre eles a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone — destacaram os avanços conquistados ao longo das últimas décadas e reforçaram as perspectivas de fortalecimento do sistema, com foco na universalização do acesso, regionalização da rede e qualificação contínua da assistência.

Em três décadas e meia, o SUS deixou de ser apenas uma promessa constitucional para se tornar a maior política pública de inclusão social do Brasil. Em MS, os resultados se expressam em dados concretos:

Vacinação: em 2025, o estado ultrapassou a marca de 2 milhões de doses aplicadas, alcançando a cobertura máxima preconizada pelo Ministério da Saúde. É o reconhecimento da confiança da população e do trabalho incansável das equipes de imunização.

Atendimentos hospitalares: o maior hospital público do estado, o Hospital Regional de Campo Grande, realiza cerca de 40 mil atendimentos por mês pelo SUS — entre consultas, internações, exames e procedimentos de alta complexidade.
 

Negesp: Programas de segurança do paciente estão sendo implantados nos hospitais por todo o Estado e já apresentam resultados consistentes, com protocolos clínicos padronizados, melhorias na gestão de riscos e avanços reconhecidos nacionalmente, elevando a qualidade do atendimento.

Universalidade: de Norte a Sul, o SUS garante acesso a cirurgias, transplantes, partos, medicamentos, atenção básica e vigilância em saúde, impactando diretamente a qualidade de vida dos mais de 2,9 milhões de sul-mato-grossenses.

 

Comentários