Política

"Ninguém conversou comigo", diz Riedel sobre saída do PT da base

Governador Eduardo Riedel durante coletiva na sede do DOF, em Dourados - Crédito: Clara Medeiros/Dourados News Governador Eduardo Riedel durante coletiva na sede do DOF, em Dourados - Crédito: Clara Medeiros/Dourados News

O governador Eduardo Riedel (PP) deve se reunir nos próximos dias com lideranças petistas em Mato Grosso do Sul para debater a saída do PT da base de sustentação do Governo do Estado. 

A decisão e o anúncio foram feitos por membros da legenda em 8 de agosto. Na época, o chefe do Executivo estadual estava em missão pela Ásia para tratar de investimentos no Japão, Índia e Singapura.

Segundo Riedel, apesar do PT ter tomado a decisão, ele ainda não foi oficializado formalmente.  

“Eu estava viajando [para a Ásia] e soube pela imprensa da situação do PT, de deixar o governo. Ontem [19/8] até me perguntaram se eu rompi com o PT. Eu não, eles que romperam comigo. Normal, mas ninguém me procurou, ninguém conversou comigo”, disse na manhã desta quarta-feira (20/8) após cerimônia no DOF (Departamento de Operações de Fronteira), em Dourados.

O governador falou ainda que não teve tempo de tratar o assunto após a chegada da Ásia.

“Eu não tive tempo ainda de sentar, conversar, porque eu cheguei [de viagem] e entrei em uma agenda muito intensa aqui no Estado e em Brasília. Mas, sem dúvida isso vai ser tratado. E aí vamos conversar com as lideranças do partido”, resumiu.

Mudança

Na manhã de terça-feira, em Brasília (DF), Eduardo Riedel oficializou a ida ao Progressistas ao ser referendado pelo partido em evento que contou com lideranças nacionais do PP.

Ele deixou o PSDB e agora faz parte do grupo que em Mato Grosso do Sul tem como principal nome a senadora Tereza Cristina. 

Durante coletiva, ele falou sobre a troca partidária. No entender do governador, a decisão foi tomada de forma natural, diante do cenário que se encontra o país. 

“Ontem e eu assinei a filiação ao PP. Acho que o mais importante é a gente olhar um pouquinho para trás e entender que o Brasil mudou, que a agenda política brasileira está sofrendo uma modificação, pelo que o Congresso Nacional decidiu lá atrás, na Reforma Política. Eram 35 partidos, está caminhando para termos 12, 10 partidos, daí nós temos que nos adequar com isso. Então, eu vejo como um ato natural e que não muda em nada a nossa diretriz de trabalho e do próprio grupo político, que está se organizando em torno de novas siglas partidárias, mas com a mesma diretriz de trabalho para o resultado do Estado”, revelou.

Riedel também falou sobre a possibilidade de outros políticos o acompanharem na nova legenda em breve. 

“Normal, é normal que sim. A partir do momento que a gente se insere numa nova sigla, apesar do grupo político já existir e ser parceiro, vai haver uma acomodação de algumas lideranças políticas nessa nova sigla”, disse.
 

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