O deputado Zé Teixeira (PSDB) não foi testado na pesquisa realizada pelo IPR para a Prefeitura de Dourados, mas está na lista dos interessados em administrar  o segundo maior município de Mato Grosso do Sul. Após oito mandatos consecutivos na Assembleia Legislativa, o deputado quer disputar, pela primeira vez, um cargo no executivo.

“Desejo eu tenho, mas você não pode fazer uma coisa contra o desejo da sociedade. Vou fazer consulta à sociedade com pesquisa e a sociedade tem que dar pelo menos uma sinalização que confia que eu posso ser um bom prefeito. Você não é candidato sozinho. Tenho 28 anos de mandato. Terminei o sétimo e estou começando agora o oitavo mandato. Moro em Dourados há 61 anos. Vi aquilo nascer do nada e crescer. Através do trabalho, consegui mostrar a capacidade, competência, desde criança, de um grande gestor”, justificou.

Indagado sobre as dificuldades de pegar uma cidade com tantos problemas após tantos anos de vida política, o deputado afirma não ter medo do desafio. “Quem tem medo de problema não é competente. É um desafio que você tem que ajudar a sanar os compromissos através de uma equipe competente. Administrar você tem que ter dom, vontade e desejo. Dourados tem passado por um momento de muita turbulência. Elegido pessoas que não têm um histórico de conhecimento administrativo. Então, se errar mais uma vez, a cidade ficará estagnada como ela está”, avaliou.

Caso as pesquisas não indiquem o nome dele como o mais apropriado para administrar a cidade,  Zé Teixeira pretende apoiar alguém com experiência em administração. “Se eu não for candidato, vou avaliar uma pessoa que pelo menos oferece, no seu histórico de vida, que ele pode ser um bom gestor.  Barbosinha (vice-governador) também é uma pessoa que eu confio”, contou.

Zé Teixeira lembra o histórico político do Município, com derrotas de candidatos que ele apoiou. “Eu lutei muito para eleger o Geraldo Resende, porque achei, ninguém é perfeito, mas que teria condição de fazer uma administração melhor do que a que foi feita.  Lutei para eleger o Murilo Zauith, elegeram o Ari Artuzi, foi um desastre. Lutei para eleger o Barbosinha, perdemos para o atual prefeito, que não tenho contato, mas a sociedade reclama muito da falta de conhecimento administrativo e gestão. Para fazer gestão tem que escolher pessoas, mas não pode ser política, e sim técnica. Escolher pessoa que tem pelo menos possibilidade de gerir o recurso”, pontuou.

O deputado acredita que há muita coisa a se fazer pela cidade, mas entende que população precisa saber escolher em quem votar. “A sociedade tem que entender que não adianta votar pelo coração. Tem que votar pela inteligência de escolher uma pessoa que sabe ser bom gestor. Mostrei na minha vida, mostrei como político e muito mais aqui como administrador da Assembleia Legislativa, como primeiro-secretário, que sou um bom gestor”, concluiu.