Policial

Mulher foi morta a facadas antes de ter casa incendiada em Campo Grande

As investigações iniciais apontam que Gisele da Silva Saochine, de 40 anos, pode ter sido vítima de feminicídio cometido pelo companheiro, Anderson Cylis Saochine Rezende, de 50, antes do incêndio que destruiu a residência do casal na noite de quinta-feira (2), no bairro Monte Castelo, em Campo Grande. O caso é tratado pela Polícia Civil como feminicídio seguido de suicídio, já que o homem foi encontrado morto.

De acordo com a perícia inicial, Gisele foi esfaqueada e depois arrastada até o quarto, onde seu corpo foi localizado parcialmente queimado.

Anderson teria usado álcool e diluentes de tinta para espalhar o fogo pelo imóvel e, em seguida, tirado a própria vida dentro da pick-up Fiat Strada estacionada na garagem, onde também foi encontrado carbonizado.

A tragédia foi percebida após vizinhos notarem o incêndio e acionarem a Polícia Militar. O Corpo de Bombeiros chegou por volta das 19h e atuou com 11 militares, quatro viaturas e 3 mil litros de água para conter as chamas, que chegaram a provocar o desabamento de parte do telhado. A filha do casal, de 16 anos, abriu o portão da casa ao retornar da escola e se deparou com a cena.

Um vizinho, ouvido pela reportagem do site Campo Grande News, afirmou que nunca presenciou brigas ou discussões entre Anderson e Gisele. Segundo ele, o casal, que era evangélico, sempre demonstrava tranquilidade. 

“Nunca vi uma discussão entre eles. A gente fica embasbacado. Era um casal tranquilo”, disse. O homem contou ainda que Anderson trabalhava com móveis planejados e pedalava com frequência, enquanto Gisele era manicure e estudava enfermagem.

Este é o 27º feminicídio registrado em Mato Grosso do Sul em 2025, sendo o quinto em Campo Grande. Testemunhas começam a ser ouvidas nesta sexta-feira (3) pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), que apura as circunstâncias do crime.

 

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