A Justiça manteve a prisão de Jorge Luiz Dourado da Silva e Dione Gomes de Oliveira, suspeitos de tráfico de que tentaram matar policiais militares durante uma fuga ocorrida em agosto do ano passado, na zona rural de Bela Vista, município localizado na região de fronteira com o Paraguai, a 324 quilômetros de Campo Grande. Eles respondem por tentativa de homicídio cometida com objetivo de assegurar o tráfico de drogas.
A decisão judicial é baseada em uma resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que determina a reavaliação, a cada 90 dias, de processos em que os réus encontram-se presos. Neste sentido, como não foi identificado nenhum fato novo favorável à soltura, os dois continuam recolhidos. Conforme denúncia oferecida pelo MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), a dupla seguia em um Fiat Uno pela MS-472.
Em dado momento, uma equipe da Polícia Militar Rodoviária sinalizou para que os mesmo parassem, porém, Dione, apontado como o motorista, não obedeceu. Ele realizou uma manobra brusca para mudar de direção e fugiu, dando início à perseguição. Durante o percurso, Jorge, que seguia como passageiro, colocou parte do corpo para fora da janela e atirou contra os militares que revidaram e continuaram no encalço da dupla.
Em seguida, Jorge colocou apenas o braço para fora e atirou novamente contra a viatura e mais uma vez houve revide. Adiante, ele dispensou o revólver no mato e acabou abordado junto com o comparsa. Foi constatado então que Jorge havia sido baleado, motivo pelo qual foi encaminhado para atendimento médico. No veículo deles havia 58 tabletes de maconha que pesaram 49 quilos, conforme laudo realizado pela perícia.
“Depreende-se, dessa forma, que o crime de tentativa de homicídio em tela foi cometido com o intuito de assegurar a ocultação e vantagem do crime de tráfico de drogas, porquanto os denunciados transportavam a quantia de 49 quilos de maconha, sendo que o autor Jorge disparou a arma de fogo por duas vezes contra a viatura da Polícia Militar, a fim de de impedir a abordagem policial e, consequentemente, evitar a sua prisão”, diz a denúncia.
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