Após dois dias, finalmente, a família vai conseguir sepultar a menina Melany, assassinada aos 5 meses de vida pela própria mãe. Na manhã desta sexta-feira (25), a avó materna foi até o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para providenciar a liberação do corpo.
A mulher, que vive na zona rural de Campo Grande, conseguiu assinar a liberação só hoje, ao lado do pai da menina. Como ele não havia registrado a criança, ficou sob responsabilidade da avó providenciar os trâmites.
Pai na saída do IMOL, depois de acompanhar a avó da menina. (Foto: Henrique Kawaminami)
Na saída do Imol, ela parecia bastante abalada e revoltada com o crime. “Foi desumano o que ela fez. Não apoio nada”.
Em 2016, a avó chegou a denunciar a filha, Gabrieli Paes, para o Conselho Tutelar, quando a jovem, hoje com 21 anos, estava grávida do primeiro filho. Atualmente, o menino de 4 anos e outra irmã, de 2, vivem com a avó.
Gabrieli engravidou novamente longe da mãe. Alugou uma casa na Vila Bandeirantes, onde morou com a criança até a última terça-feira, quando assassinou a bebê, afogada, conforme confissão.
Exame necroscópico comprovou que a causa da morte foi afogamento, segundo a delegada responsável pelo caso, Elaine Benicasa, da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). "O laudo ainda não está pronto, mas em conversa informal com o médico legista tivemos essas informação".
A avó não acompanhou a gestação de Melany e ficou sabendo da morte pela imprensa.
Hoje, foi acompanhada por amigas até o Imol e disse estar com a consciência limpa em relação à Gabrieli. “O que eu pude fazer por ela, para ajudar, eu fiz”, desabafou antes de enterrar a neta nesta manhã. -
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