Após recomendação, Mato Grosso do Sul teve que ampliar o intervalo da aplicação das doses da vacina Astrazeneca para três meses. A aplicação da D2 (segunda dose) estava sendo antecipada nos municípios. Se tivesse respeitado o intervalo de doses recomendado pelo fabricante, Mato Grosso do Sul poderia ter avançado com mais 154,9 mil pessoas vacinadas com a primeira dose.
A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que produz as doses do imunizante no Brasil, reforçou nesta semana a recomendação de manter o intervalo de 12 semanas entre as aplicações. Os municípios do Estado estavam antecipando a aplicação da D2 em um mês, ou seja, os pacientes recebiam a segunda dose no intervalo de oito semanas.
A Fundação defendeu a manutenção do intervalo de três meses, considerando que há uma proteção significativa com a segunda dose e “a produção de uma resposta imunológica ainda mais robusta quando aplicado o intervalo maior". Dados do Vacinômetro da SES (Secretaria de Estado de Saúde) mostram que Mato Grosso do Sul poderia ter avançado ainda mais na campanha por faixa etária, caso não tivesse antecipado doses.
Informações disponíveis no portal Mais Saúde apontam que, nos últimos 30 dias, 154.920 doses da Astrazeneca foram aplicadas como D2. O número poderia representar um avanço da vacinação com a primeira dose para mais 154,9 mil pessoas. Para ter uma ideia, o quantitativo seria capaz de vacinar a população de Três Lagoas inteira com a D1 e ainda sobrariam doses.
Após a recomendação, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) enviou uma nota informativa aos 79 municípios sobre o intervalo de aplicação das doses da Astrazeneca e Pfizer. “O Programa Nacional de Imunização orientou que intervalos maiores entre as doses oferecem respostas imunes mais robustas após a segunda dose, o que, em princípio, pode se traduzir, inclusive, em respostas protetoras mais duradouras”, disse a secretaria.
Novo lote de Astrazeneca
Mato Grosso do Sul recebe um novo lote com 41,2 mil doses da vacina Astrazeneca nesta semana. Segundo a SES, esse lote será destinado para aplicação de primeira dose, dando continuidade na campanha contra o coronavírus.
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