Mato Grosso do Sul

Reinaldo ignora protestos e reajusta pauta fiscal: gasolina ficará R$ 0,18 mais cara em MS

Secretário de governo havia prometido a motoristas de aplicativo análise para prorrogar congelamento dos valores de referência de combustíveis

Após congelar a pauta fiscal do combustível por um mês, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) autorizou o reajuste do preço médio ponderado dos combustíveis a partir de 1º de abril. Assim, o preço de referência da gasolina comum para cobrança do ICMS – que em MS tem uma das maiores taxas do país – passa de R$ 5,0205 para R$ 5,6434.

A majoração deve causar impacto de R$ 0,18 em média nas bombas dos postos de combustíveis a partir de 1º de abril, segundo comunicado do Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes MS). Isso ocorre por conta  da taxa de 30% de ICMS cobrado pelo Estado de MS. Antes, o valor médio cobrado por litro era de R$ 1,50 e passa para R$ 1,68.

No dia 5 de março, após uma semana de protestos para Reinaldo baixar o valor do ICMS sobre os combustíveis, motoristas de aplicativo foram recebidos na governadoria pelo titular da Segov (Secretaria de Governo), Sérgio Murilo.

O representante dos cerca de 1 mil manifestantes que estavam no local, Alfredo Orlando Machado, disse que um dos temas da reunião foi a redução da pauta fiscal cobrada por Reinaldo.  “A gente pediu que esse cálculo fosse feito pela média de dezembro, que num efeito prático, seria de R$ 0,30 a R$ 0,40 no valor do combustível. Que esse cálculo se mantivesse até o fim da pandemia. Eles informaram que congelaram a pauta no valor atual [com redução de apenas R$ 0,15] por 15 dias e que vão estudar a possibilidade de redução para a pauta no valor de dezembro”, disse.

Porém, representantes de Reinaldo não entraram mais em contato com os motoristas de aplicativo sequer para informar sobre o aumento do valor de referência dos combustíveis. Na quinta-feira (26), nova carreata de empresários e motoristas de aplicativo passou pela governadoria, mas os manifestantes não foram recebidos pelo chefe do Executivo estadual.

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