Rafael Souza da Silva de 18 anos, preso nesta segunda-feira (20), no Residencial Betaville, em Campo Grande, após o tiroteio que matou João Vitor Rodrigues da Silva de 20 anos, envolvido no sequestro de uma moradora de 50 anos, negou participação no crime. Ele mesmo relatou ter mais de 45 passagens pelos crimes de homicídio, furto roubo e tráfico e ainda contou ter ficado na Unei (Unidade Educacional de Internação).
Rafael afirmo aos policiais que conhecia João Vitor desde a infância, já que o considerava como um irmão, e que após o sequestro da mulher, João havia entrado em contato com ele para ‘curtirem’ com o dinheiro do pagamento do resgate, mas acabou não o encontrando no dia, e sim no domingo (19).
Quando se encontraram, os dois foram até a região da Nnhanhá onde ficaram usando drogas e álcool. Rafael disse que João passou o dia pagando bebidas para todos e havia dito a ele, que havia conseguido a ‘boa’ em um sequestro de bacana.
Após isso, os dois foram até a casa da avó de Rafael, que não estava na residência, mas ele sabia onde guardava as chaves da porta conseguindo entrar na casa. Momentos depois, ele viu os policiais entrando na residência.
Rafael tentou fugir pelos fundos, mas acabou detido. Já João, ao ver os policiais, efetuou disparos sendo que um dos tiros passou próximo ao rosto de um dos policiais. Os disparos foram revidados acertando João que foi socorrido, mas morreu na Santa Casa.
Queriam ‘levantar’ dinheiro
Primeiro identificado e preso, Claudinei dos Santos de Oliveira, de 29 anos, disse em depoimento no Garras que foi convidado pelo comparsa para ir à festa do avô dele. No caminho, o suspeito teve a ideia de ‘levantar’ dinheiro, cometendo um roubo.
No caminho, os bandidos viram as vítimas no carro e as seguiram. Assim que o carro parou na garagem, Claudinei entrou junto e anunciou o roubo, rendendo a família. O comparsa ficou do lado de fora e avisou ao criminoso que o vigilante da rua passou desconfiado. Assim, a dupla resolveu roubar objetos da casa e levar a moradora como refém.
A vítima foi levada para um cativeiro, atrás do Itamaracá, um imóvel que estava em nome de João Vitor. Lá os criminosos tiveram ideia de pedir resgate ao marido dela. De início, pediram o valor de R$ 50 mil, mas o homem disse que não conseguiria sacar o dinheiro e conseguiu negociar.
O marido da vítima sequestrada conseguiu sacar R$ 18 mil, combinou o local com os bandidos e entregou o dinheiro e ainda um relógio Rolex. A todo momento os bandidos ameaçavam a família. Segundo o marido da vítima, foram entre 15 e 20 ligações feitas para ele e os suspeitos diziam que atirariam na cabeça da mulher, caso ele acionasse a polícia.
A refém foi colocada no carro e liberada nas imediações do macroanel. Os bandidos ainda foram para a festa, para não levantar suspeitas. Depois, Claudinei disse que ficou andando a pé pela região, já que sabia que a polícia estava à procura dele. Claudinei foi preso em um bar, depois de tentar esconder o carro usado no crime.
Ele contratou um serviço de guincho e fez ameaças à ex-mulher para que ela o ajudasse.
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