Mato Grosso do Sul

Polícia faz buscas em local que garagista teria sido morto no Jardim Centenário

A DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) faz buscas em um endereço que estaria ligado ao desaparecimento do garagista Carlos Reis Medeiros, conhecido como 'Alma', no Jardim Centenário, na noite desta terça-feira 

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, a polícia recebeu a informação que um suspeito estaria no local, onde funciona um ferro-velho. O proprietário do estabelecimento é irmão do rapaz de 19 anos, preso na manhã desta terça. A DEH não trata mais o crime como um desaparecimento.

A informação da polícia não se confirmou, mas a perícia foi acionada para vasculhar o local em busca de algum vestígio.  Segundo o delegado Carlos Delano, da DEH, a polícia pode encontrar evidências no local para a elucidação do crime. Informações extraoficiais também dizem que o local periciado seria onde Carlos teria sido morto. 


Local onde polícia faz buscas na noite desta terça-feira, no Jardim Centenário - Foto: Leonardo de França / Midiamax

Mandados

A DEH cumpriu mandados na manhã desta terça-feira (22), em Campo Grande, sobre o desaparecimento do garagista Carlos Reis Medeiros, conhecido como ‘Alma’. Ele desapareceu no dia 30 de novembro quando saiu de casa, no bairro Tiradentes, para trabalhar e não retornou para sua residência desde então.

Foi cumprido um mandado de prisão temporária contra o rapaz de 19 anos e mais 11 mandados de busca e apreensão nos bairros: Moreninhas, Centro Oeste, Santo Antônio e Tiradentes. O rapaz foi preso no bairro Santo Antônio. Outro homem acabou preso por ter contra ele um mandado de prisão por pensão alimentícia.

O caso

Na época do desaparecimento, um vídeo chegou a ser divulgado, em que o garagista foi visto pela última vez conversando com um homem. Em dezembro de 2021, um suspeito chegou a ser detido pelo desaparecimento de ‘Alma’. O homem revelou, na época, que devia R$ 3 mil para a vítima. Além dele, outro suspeito estaria devendo cerca de R$ 5 mil, mas eles alegaram que não tinham envolvimento com o sumiço de Carlos.

Durante o depoimento, o homem confessou conhecer Carlos e alegou que ele era um agiota forte em Campo Grande. Ele ainda revelou ter uma dívida de R$ 3 mil com Carlos, mas que o valor seria irrisório, comparado a outros empréstimos que a vítima fazia. Ainda segundo o suspeito, o colega que estava no carro na abordagem também devia a Carlos, cerca de R$ 5 mil.

No entanto, tanto ele quanto o outro ocupante do veículo, que não foram presos por não terem nada ilícito contra eles, trabalhavam nas vendas dos carros de Carlos. Assim, eles estariam ‘perdendo dinheiro’ com o desaparecimento, já que ganhavam comissão na revenda dos veículos do garagista.

Carros em desmanche

No dia 1º de dezembro, 10 carros foram encontrados em um desmanche, na Travessa Pompeu, região do Jardim Centro Oeste, em Campo Grande. Quatro pessoas flagradas no desmanche entraram em contradições. No local, eles chegaram a dizer que compraram os carros por R$ 15 mil em um site de vendas.

Desaparecimento de Carlos

A esposa do garagista procurou delegacia em Campo Grande, na noite do dia 30 de novembro de 2021, após o marido desaparecer ao sair para trabalhar. A caminhonete dele foi encontrada em um depósito.

Informações da ocorrência são de que o comerciante saiu com sua caminhonete S-10 por volta das 8 horas da manhã de terça (30) para resolver problemas do trabalho. A esposa tentou contato com o marido pelo telefone sem sucesso.

Na época, ela contou que, recentemente, Carlos mudou os veículos de local. Os carros estavam na Avenida Bandeirantes sendo levados para um terreno na rua Babilônia, na lateral do Asilo Dom Bosco, no Bairro Tiradentes, ao lado de uma igreja.

No início da noite de terça, a esposa e os filhos de Carlos estiveram na garagem e visualizaram um guincho recolhendo dois veículos. O motorista do guincho, perguntado sobre a vítima, teria informado que o garagista estaria na região da Avenida Bandeirantes. A polícia segue investigando o caso.

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