Estudantes do curso de Medicina da Uniderp (Universidade para Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal) fazem um protesto na manhã desta segunda-feira (28), em frente à universidade, localizada na Rua Nova Era, em Campo Grande. Os alunos pedem melhorias na infraestrutura do curso.
Segundo a estudante Fernanda Marques, de 32 anos, os alunos precisam ter condições para estudar e o curso não oferece um bom ‘alicerce’ para os futuros médicos que pagam a mensalidade de R$ 14,5 mil.
“As salas estão lotadas e queremos melhores condições do curso de maneira geral. Queremos que a universidade ofereça o retorno do valor que a gente paga mensalmente, mas não recebemos. Ser médico é uma grande responsabilidade e para nos tornarmos bons profissionais, precisamos de uma boa infraestrutura durante o período acadêmico”, disse.
A manifestação começou por volta das 7h de hoje e os alunos pretendem continuar até entrarem em um acordo com a Uniderp. O estudante Gustavo Andrade, de 21 anos, também ressalta que a falta de infraestrutura pode formar médicos com deficiência.
“Pagamos a segunda maior mensalidade do curso de medicina do Brasil e não recebemos uma estrutura. Estão demitindo professores e colocando mais alunos. Temos salas com mais de 200 estudantes e nossos laboratórios também estão precários”, explicou.
A equipe de reportagem do Midiamax tentou entrar em contato com a Uniderp, mas até o fechamento desta matéria não obteve respostas. O jornal segue aberto caso a Universidade queira se manifestar.
Veja abaixo as reivindicações dos alunos:
1 – Ajustar o valor da mensalidade do curso de medicina Uniderp conforme a estrutura fornecida aos alunos, retornando, portanto, a um valor pagável e que resguarda a dignidade do aluno do curso.
2 – Realocar todos os estudantes que estão pagando dependências para módulos de aplicação especiais, restringindo, assim, o número máximo de alunos por tutoria para 8, de forma a não prejudicar a qualidade de tal cenário.
3 – Disponibilizar três (03) canetões cada um de uma cor, sendo 01 vermelho, 01 azul e 01 preto, em cada sala de tutoria do curso de medicina Uniderp.
4 – Melhorar a qualidade da estrutura dos laboratórios de anatomia e histologia, fornecendo, também, peças biológicas reais, em complemento às peças de acrílico do laboratório morfofuncional, além de lâminas histológicas em maior quantidade, qualidade e diversidade.
5 – Realizar reparo ou troca de todos os projetores Datashow que estejam antiquados e gerando uma imagem de péssima qualidade, que inviabiliza a observação dos slides em aula, não apenas no CEMED, mas em todas as salas de aula de que o curso de medicina Uniderp se utiliza.
6 – Fornecer computadores de boa qualidade, que suportem o processamento de slides em Power point, a fim de que sejam substituídos os computadores que possuem Windows XP ou 7, para computadores mais eficientes que não comprometam a dinâmica da aula.
7 – Revisão das dívidas dos alunos matriculados no Fies, que recebem cobranças incessantes quanto a valores não reconhecidos por eles.
7.1- Cobranças provenientes da própria administradora Kroton, uma vez que o contrato de coparticipação do Fies é firmado com a Caixa Econômica Federal, de tal forma que torna tais cobranças incoerentes.
7.2- Mudanças unilaterais provenientes da instituição educativa, quanto à porcentagem financiada pelo Fies.
8 – Criação de um ambiente específico onde os alunos possam realizar estudos independentes dentro da universidade, com estrutura adequada (mesas, cadeiras, iluminação, ar-condicionado, banheiros, internet) para que as aulas dentro do laboratório morfofuncional não sejam prejudicadas pela movimentação e barulhos dos alunos e nem o estudo dos alunos seja atrapalhado pelas aulas.
9 – Disponibilização de rede wi-fi de qualidade para os alunos, pois, a rede dentro das dependências do Cemed, é de baixa qualidade.
10 – Diminuição dos valores exorbitantes para alunos em dependência, valores que já sofreram aumento de mais de mil reais e não refletem os gastos por aluno dentro do módulo.
11 – Redução do número de alunos admitidos semestralmente pela instituição, que hoje já passa de 200 novos discentes por período, número este inadequado para os recursos, tanto humanos, quanto físicos, disponibilizados pela universidade, reduzindo assim, a qualidade do conhecimento transmitido.
12 – Contratação de mais um(a) profissional para o cargo de secretário(a), assim como treinamento. Isto porque se percebe a insuficiência de apenas uma pessoa para as demandas de tantos alunos.
13 – Melhor estrutura dos ambulatórios, pois atualmente não há disponibilidade de sabonete em alguns ambientes em que o uso dele se faz imprescindível como estudamos nos módulos de Habilidades Médicas.
14- Melhorar a estrutura de banheiros, bebedouros e nos outros blocos utilizados pelo curso, pois não há disponibilidade de sabonete e portas não fecham.
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