Com o registro de 224 desaparecidos no banco de dados da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) em todo o Estado, a Polícia Civil espera pelos resultados dos exames periciais para afunilar a lista e poder identificar de quem seria o crânio, que foi encontrado no fim da manhã desta quinta-feira (20), no bairro Vivendas do Parque, em Campo Grande.
Segundo o delegado Wilton Vilas Boas, da 3º Delegacia de Polícia Civil, o crânio já foi encaminhado para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para os exames de idade, se seria de um homem ou mulher e ainda se existe algum ferimento que possa indicar a forma de como a pessoa morreu.
Vilas Boas falou que no local aparentemente não foi detectado nenhum ferimento no crânio, e que agora espera pelos laudos. Ainda de acordo com o delegado, após isso a DEH (Delegacia Especializada de Homicídios), que tem como titular Carlos Delano através da lista de desaparecidos fará uma triagem com possíveis familiares da ossada.
O delegado Delano disse que o crânio pode ser de alguns dos nomes de desaparecidos, mas que ainda precisa do exame e resultado feito no Imol para confrontar com pessoas ainda não encontradas. Segundo o delegado, pela cabeça pode ser ter uma noção da idade do crânio, já que as placas ósseas que ficam no topo – a moleira – só se soldam por completo após os 30 anos, o que dava para saber se a vítima tinha mais ou menos que 30 anos.
O crânio foi encontrado em uma área de mata no bairro Vivendas do Parque, por um coleto de recicláveis que contou que passava pela área para recolher materiais, quando desceu do carro e encontrou o crânio. A ossada já estava com o maxilar destruído, após ter sido incendiada junto com um amontoado de lixo.
O fogo teria sido colocado naquela área de mato na noite anterior. Uma faca de cabo branco também foi encontrada no local.
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