Após o pedido do prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), ao Governo do Estado para mudança do toque de recolher iniciando às 22h, representes do comércio da Capital se manifestaram a favor da medida, como forma de diminuir o número de pessoas aglomeradas em um curto espaço de tempo e "salvar empregos".
O Presidente da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), Renato Paniago, concorda com o posicionamento do Executivo Municipal. Segundo ele, a medida irá ajudar o comércio e evitar aglomerações.
“Essa flexibilização vai ajudar a evitar aglomerações. Uma vez que você tem um horário maior de atendimento ao público, o cidadão pode escolher o melhor horário para fazer suas compras. Diferente de um horário reduzido, onde você tem um horário menor para atender um grande número de pessoas. O mesmo acontece no transporte público, o empresário pode liberar o funcionário mais cedo ou mais tarde, evitando a aglomeração no transporte”, explicou.
O presidente reforça que a associação é contra restrições no horário de funcionamento do comércio, tendo em vista que os estabelecimentos são seguros, e seguem os protocolos de segurança. “O comércio é um local seguro e não é disseminador do vírus, as empresas estão seguindo seus protocolos de segurança. As festas clandestinas e a aglomeração no transporte público que estão causando disseminação”, detalhou.
Paniago afirma, ainda, que a medida proporciona aos empresários uma forma de manter seus postos de trabalho e gerar receita, que a pandemia limitou diante das restrições.
CDL
A Favor do posicionamento da Prefeitura, o presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande), Adelaido Vila, afirma que o órgão tem trabalhando há meses pelo toque de recolher mais brando. “A atitude do prefeito nos deixa feliz, com o toque às 22h vamos conseguir atender muitos segmentos que estão morrendo por conta de duas horas a mais”, disse ele.
Sobre a disseminação do vírus, Vila acredita que os protocolos de biossegurança são aplicados de forma eficiente, e que essa medida não contribui para a disseminação do vírus. “Nós temos absoluta certeza que as medidas adotadas, no setor noturno, não vão impactar na saúde das pessoas”, afirmou ele.
O Presidente ressalta que o acréscimo de duas horas irá interferir na vida das pessoas que trabalham a noite e em todo ciclo do varejo na cidade. “Gerando renda para o varejo da noite, conseguimos gerar renda para o varejo durante o dia. Nós temos inúmeros trabalhadores que estão passando necessidade porque não conseguem trabalhar no período noturno. O garçom não vive de delivery! Como ele faz para se alimentar?”, finalizou.
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