O lucro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) se trata de uma modalidade nova de repasse aos trabalhadores que ainda gera muita confusão com relação aos valores, o que é de fato esse lucro, como e onde receber.
É preciso entender que os saldos vinculados nas contas do FGTS são passiveis de rendimentos financeiros, resumidamente falando, além de ser um direito de todo trabalhador no regime CLT, o direito se torna uma espécie de investimento.
Vale esclarecer que enquanto o trabalhador não realiza o saque do saldo do FGTS, o mesmo não fica parado, isso porque enquanto o saldo não é resgatado, os valores do Fundo de Garantia são usados pelo governo para outros fins, de modo a financiar obras de saneamento, habitação e infraestrutura.
Assim, a Caixa Econômica Federal que é a responsável por gerir os recursos do FGTS, busca rentabilizar o saldo das contas do fundo e distribuí parte desse lucro com os trabalhadores.
Logo, o lucro do FGTS que está sendo divulgado diz respeito a atualização monetária que o fundo sofreu durante o ano de 2020, é importante esclarecer ainda que o lucro que será pago este ano diz respeito a todo acumulado ao longo do ano anterior.
Sendo assim, este ano os trabalhadores vão receber o lucro acumulado de todo o ano de 2020.
Valores do lucro do FGTS
O lucro do FGTS acumulado ao longo de 2020 foi contabilizado no montante de R$ 8,5 bilhões, desse valor obtido dos investimentos, R$ 5,9 bilhões serão repassados aos mais de 83 milhões de trabalhadores que estão vinculados ao FGTS.
Os valores apesar de não serem tão altos ao menos conseguiram superar o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) índice este que é o responsável por medir o acumulo da inflação do país, que teve seu fechamento com uma alta de 4,52%.
O lucro do FGTS foi criado em 2016 e começou a ser distribuído aos cotistas apenas em 2017, ainda na vigência do governo de Michel Temer. Naquele período havia sido determinado um percentual fixo de 50% do lucro obtido pela correção para que fosse repassado aos trabalhadores.
Porém, em 2019, o percentual de repasse aos trabalhadores foi elevado para 100%, todavia, o presidente, Jair Bolsonaro, acabou barrando a ampliação desse percentual, onde também foi retirado da lei a obrigação do governo distribuir o percentual fixo de 50% aos cotistas.
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