Um grupo de quatro ciganos da mesma família, naturais de Camaçari (BA), fizeram algumas vítimas em Campo Grande por meio da venda de celulares e joias falsificados. Os vendedores ambulantes chegaram a negociar como ouro um par de alianças feitas de metal e pintadas de dourado. Eles foram denunciados pelo MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) por estelionato e chegaram a ser presos em flagrante.
Conforme inquérito conduzido pela 3ª Delegacia de Polícia Civil da Capital, em 2017, o grupo saiu da Bahia e foi até Goiânia (GO), onde adquiriu as mercadorias para revenda em território sul-mato-grossense, mesmo sabendo da procedência irregular dos produtos. No mês de maio daquele ano, se aproximaram de um funcionário de um bar localizado na Rua São Vicente, onde ofereceram o par de alianças por R$ 250, alegando ser ouro.
Um dos autores disse que estava passando por dificuldades e que tais alianças seriam de sua esposa. Por este motivo, aceitou vendê-las por R$ 300. A vítima, imaginando que estava fazendo um bom negócio, chegou a pedir emprestado dinheiro de colegas de trabalho e fechou negócio em R$ 250. No entanto, no dia seguinte constatou que as joias eram falsas e decidiu procurar a Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência.
Naquele mesmo mês, na Chácara Cachoeira, eles venderam por R$ 550 um celular falsificado para um rapaz que vendia salgados na rua. Usando a mesma história de que estava passando por dificuldades financeiras, o autor ofereceu o aparelho que alegava ter sido um presente de sua sobrinha. A vítima então disse que iria buscar dinheiro em casa, oportunidade em que os autores entregaram o celular, como sinal de boa fé.
Com o aparelho em mãos, o vendedor de salgados conversou com amigos e foi informado sobre golpes que ciganos da Bahia vinham aplicando na cidade. Por este motivo, o rapaz levou o celular até à Polícia Civil, para verificar se era um produto original. Na ocasião, constatou ser falsificado. Os policiais foram ao encontro dos autores e encontraram com eles seis aparelhos Samsung Galaxy A5, todos falsificados, como o que tentavam vender.
De lá, os investigadores foram ao hotel onde eles estavam hospedados e lá apreenderam mais mercadorias como celulares e eletrônicos,bem como jóias, todos falsificados. Os envolvidos foram presos em flagrante e agora respondem ação penal. O procedimento tramita na 3ª Vara Criminal de Campo Grande e a juíza Eucelia Moreira Cassal determinou a intimação dos réus para que apresentem as alegações finais e o processo siga para julgamento.
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