A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou, nesta sexta-feira (12), a aprovação do registro definitivo da vacina de Oxford. A aprovação ocorre 42 dias após o pedido realizado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro, que produz o imunizante no país. Trata-se da segunda vacina contra a covid-19 a obter o registro definitivo no Brasil - a primeira foi a vacina da Pfizer, em 23 de fevereiro.
A agência também deu o aval para o primeiro medicamento para tratamento da covid-19 no Brasil: o remdesivir. Inicialmente indicado para a evolução de pacientes com ebola, o antiviral foi associado a uma recuperação mais rápida da forma grave da doença
O registro permite a vacinação em massa e a comercialização do imunizante com o setor privado. A vacina de Oxford, desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e pela farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, integra o plano nacional de vacinação e está sendo aplicada por meio de uso emergencial desde janeiro em grupos prioritários no país.
O anuncio da Anvisa ocorre um dia depois que uma série de países suspenderam o uso da vacina de Oxford após suspeita de reação adversa grave, como trombose e embolia pulmonar. Dinamarca, Noruega, Bulgária, Romênia e Tailândia interromperam a aplicação do imunizante. Já a Itália, Áustria e Luxemburgo suspenderam apenas alguns lotes. Na Espanha, algumas remessas estão em avaliação. A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que não há razão para pausa no uso da vacina.
Em nota, a Anvisa ressaltou que, até o momento, não há evidências que apontem a relação entre o uso da vacina e a ocorrência dos problemas. "Nas bases nacionais que reúnem os eventos ocorridos com vacinas não há registros de termos de embolismo e trombose associados às vacinas para covid", destacou.
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