O assessor Rodrigo Duarte Bastos, lotado no gabinete do deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), se envolveu em uma confusão com parlamentares da CPMI dos Atos Golpistas após a aprovação do relatório final da comissão. Jordy disse que vai exonerar o servidor. Bastos é secretário parlamentar desde 22 de março de 2021.
Deputados e senadores governistas estavam no Salão Azul, do Senado Federal, caminhavam em direção à Praça dos Três Poderes, em um ato simbólico em defesa da democracia.
Durante o ato, Bastos estava no meio dos parlamentares e gritava palavras de ordem contra o grupo Hamas. Ele filmava a ação com um celular, quando o deputado Rogério Correia (PT-MG) deu tapa na mão dele.
O celular, então, caiu na cabeça da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS). Acusado de agressão pelos presentes, o assessor correu para o Anexo II da Câmara dos Deputados, prédio que fica ao lado do Senado, mas separado por salão e um corredor.
“Quando eu vi, quicou um telefone com muita força”, afirmou a senadora Soraya, que disse que vai fazer um boletim de ocorrência. O assessor também fez um registro de ocorrência na delegacia do Senado.
A deputada Jandira Feghali (PcdoB-RJ), afirmou que Bastos estava filmando o ato e dizendo que aquilo não representava a democracia. No tumulto, o celular dele caiu em cima da senadora. Ele se abaixou para pegar, e os parlamentares começaram a dizer pra polícia prendê-lo.
Exoneração
Questionado, Jordy, líder da oposição na Câmara, disse que assistiu aos vídeos e chegou à conclusão de que não houve agressão, mas informou que vai exonerar o servidor.
“Ele estava filmando e gritando e o deputado Rogério Correia bateu na mão dele para retirar o celular, que acabou caindo na cabeça da senadora Soraya. Contudo, como já afirmei, a conduta é incompatível com a de um assessor parlamentar e sua exoneração já foi determinada”, disse.
Correia disse que o Bastos empurrou os assessores que estavam no local, agindo de forma violenta.
“Eu afastei, retirei e o celular dele de fato caiu. Não me arrependo de ter feito isso, porque ele não pode ficar com o celular gritando com os outros da forma como foi feito. Então ele era o agressor”, disse o deputado.
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