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Romance que virou assassinato é o terror da vez nas mãos de Alex

Alex segura o segundo livro de terror, que será lançado na sexta. (Foto: Raquel de Souza) Alex segura o segundo livro de terror, que será lançado na sexta. (Foto: Raquel de Souza)

Artes

Jornalista realiza lançamento do 2º livro da carreira na sexta-feira (13), às 19h

Desde criança, o passatempo do Alex Mendes, de 49 anos, era ouvir as histórias de terror que o pai contava. O medo e o fascínio que as narrativas provocavam fizeram com que Alex ficasse apaixonado pelo gênero. Hoje, para mostrar às pessoas que os maiores monstros não provêm do sobrenatural, o jornalista escreve obras de ficção que trazem diferentes reflexões.

Ao Lado B, o jornalista relatou o início da trajetória que culminou anos depois na publicação de dois livros do gênero, sendo o primeiro o “Cinevil – O Terror Está em Cartaz”. Alex fala que na infância teve o primeiro contato  e, posteriormente, passou a pesquisar sobre o tema. “Desde pequeno meu pai contava histórias de terror para a gente. Ele contava histórias de assombrações e a gente morria de medo, mas eu ficava atraído pela ideia de algo sobrenatural que não podia ver. Cresci gostando disso, fui crescendo e procurando materiais sobre”, explica.

Entre os “causos” que o pai contava e que marcaram a memória de Alex está a de uma senhora. “Meu pai passava as férias em um sítio no interior de São Paulo e ele dizia que tinha uma casa que era assombrada pela dona Gertrudes. Ela fazia o caminho até a cama das pessoas que ficavam na casa”, diz.

Em 2012, Gustavo faleceu aos 64 anos em decorrência de um câncer e não teve a oportunidade de ler nenhuma das narrativas criadas pelo filho. Alex expõe que o pai teria sido um ótimo avaliador do trabalho. “O primeiro livro eu dediquei ao meu pai por me ensinar o prazer do medo. Ele era muito autodidata em português, então seria o meu revisor de mão cheia, ele ia adorar”, fala.

Na segunda obra, a “A Lei dos Mortos”, o jornalista traz a história do casal Fernando e Kelly que escolhem passar uma tarde romântica num lugar paradisíaco e isolado. O pontapé da narrativa, segundo o autor, é o assassinato desses dois personagens. “Eles morrem e vão para um limbo onde precisam passar por um processo de desapego. Eles precisam esquecer tudo que viveram na terra para seguir para a nova vida”, explica.

A história aterrorizante, que mescla vingança e amor, visa provocar uma reflexão aos leitores. O intuito, conforme Alex, é também mostrar quem são os verdadeiros monstros. “Eu sei que os maiores monstros estão entre os humanos, então sempre provoco uma reflexão sobre o comportamento humano. Esse livro fala sobre a ganância. Muita gente confunde o terror com algo que causa medo, mas você pode fazer disso uma reflexão”, destaca.

A Lei dos Mortos será lançado na sexta-feira, às 19h, na Rua Catumbi,159. O escritor comenta que a data não foi escolhida em vão, por isso, espera manter a tradição do dia. “Eu gosto muito de manter esse folclore da sexta-feira 13 onde a gente assiste filmes e faz coisas voltadas para a temática”, conclui.

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