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Ponto com maior estrago, residencial tem ação emergencial para repor telhados

Telhas de nove casas voaram durante a ventania da tarde de quinta-feira. (Foto: Marcos Maluf) Telhas de nove casas voaram durante a ventania da tarde de quinta-feira. (Foto: Marcos Maluf)

Capital

Casas foram entregues há quatro meses e empresa culpa vento de 77 km/h

Ponto com os maiores estragos provocado pelo vento de quase 77 km/h que varreu Campo Grande na tarde de ontem, o Residencial José Teruel Filho, antiga favela Cidade de Deus, recebeu reparos provisórios durante a noite e as nove casas parcialmente destelhadas serão consertadas durante a sexta-feira.

Uma dos imóveis é de Cenir Gonçalves, 27 anos. Ela mora com marido e quatro filhos, com idades entre dois e 10 anos. Durante a ventania, ninguém estava na casa. “Na hora que caiu a telha, tinha ido buscar um dos meus filhos na creche, dois estavam na escola e um estava comigo. Quando cheguei à creche, começou o areião. Quando voltei, as telhas já tinham caído. Mas não tivemos prejuízos”, diz.

Cenir retirou móveis e a casa teve a telha recolocada de forma provisória. Os imóveis foram entregues há quatro meses, na Rua Cenira Soares Magalhães, no Bairro Dom Antônio Barbosa, perto de onde era o lixão da cidade, que foi desativado. No local, há uma cortina arbórea, um paredão de eucaliptos, para minimizar problemas com a emissão de odores.

Para os moradores, os eucaliptos preocupam, enquanto a construtora dos imóveis aponta que as árvores ajudam a “segurar” o vento, tendo o destelhamento ocorrido em pontos sem a vegetação.

“Ficamos com medo porque os eucaliptos estão muito perto das residências e quando venta, eles se torcem. Em novembro, caíram seis eucaliptos, mas do lado contrário dos barracos”, diz o líder comunitário Ronny Leão, 36 anos. No ano  passado, as casas ainda estavam em construção.

Sobre a tarde de ontem, ele conta que o vento chegou forte. “Não deu para fazer nada, só escutamos os estalos”.

O residencial com 98 imóveis foi executado pela empresa Predial Construções. Responsável técnico, o engenheiro civil João Watanabe negou problemas na obra.

“Calhou que o vento veio forte e os beirais de algumas casas quebraram. Ontem mesmo providenciamos telhas para que a chuva não molhasse as casas. A corrente de vento tirou os beirais onde não tem o eucalipto. Essa carreira de eucaliptos serve de proteção”. As telhas são de fibrocimento.

Equipes da prefeitura   foram ao local, também visitado pela prefeita Adriane Lopes (Patriota) na noite de quinta-feira.

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