O pecuarista Milton Moro Rabesquine, de 43 anos, conseguiu prisão domiciliar depois de passar pouco mais de um mês em regime fechado após a segunda fase da Operação Traquetos, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial De Repressão ao Crime Organizado), em 21 de agosto. Decisão do juiz Waldir Peixoto Barbosa, da 5ª Vara Criminal, foi publicada hoje em Diário Oficial.
Rabesquine é investigado por supostamente financiar o tráfico de drogas e teria desembolsado R$ 1 milhão para a organização criminosa como forma de “investimento”, porque a “atividade que lhe remunerava com muito mais rentabilidade do que as aplicações financeiras de mercado”.
Assim, “na condição de financiador, Milton Moro Rabesquine não tinha nenhum contato com a droga, mas como garantia de seu investimento passou a reter veículos em sua residência, localizado em um condomínio de alto padrão desta Capital”, diz o Gaeco no pedido de prisão.
Segundo o site Campo Grande News, na decisão pela prisão domiciliar, o magistrado revela que esta será cumprida na casa do pecuarista, que também é médico veterinário, localizada na saída para Três Lagoas.
Ele terá que cumprir ainda medidas cautelares, entre elas: comparecer a cada três meses em juízo, para comprovar suas atividades; não se ausentar desta comarca sem prévia autorização do juízo; não se ausentar do país; comparecer a todos os atos do processo, quando intimado; e recolher-se em casa de foma obrigatória no período noturno, também aos finais de semana, “exceto por emergência médica”.
Operação – Em 21 de agosto, foram presos sete suspeitos de integrar organização criminosa. Foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em Campo Grande, Corumbá e Santana do Parnaíba (SP).
Após quase dois anos de trabalho, o Gaeco denunciou 25 pessoas por atuarem no esquema. O nome da operação, Traquetos, faz alusão à “cultura traqueta” dos cartéis de drogas de Medellín e Cali, na Colômbia, onde narcotraficantes “à moda antiga” são conhecidos como “traquetos”.
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