Artesão sentiu que pandemia deixou mensagens natalinas acumuladas e resolveu surpreender em Bonito
Que Arthemis Leone, de 57 anos, trabalha como Papai Noel há cinco anos não é novidade para quem mora em Bonito, já que sua presença é sempre confirmada logo que dezembro chega. O curioso é que, completamente fora de época, o artesão resolveu tirar a roupa vermelha do guarda-roupas e antecipar seu passeio pela cidade.
Seja como voluntário ou contratado por empresas, Arthemis aprendeu que ser o Bom Velhinho é uma de suas coisas favoritas. Por isso, quando conseguiu começar a retomar o trabalho no ano passado com a redução da pandemia, percebeu que, assim como ele, outras pessoas também sentiram falta do Papai Noel.
“Nós sentimos uma carência de ver o Papai Noel. Muitos se foram com a pandemia, então senti que tinha um trabalho atrasado para fazer porque foram dois anos sem”, resume Arthemis.
Pensando sobre como as crianças e os adultos se divertem com sua aparição, ele decidiu que neste ano iria antecipar os passeios e colocar o trabalho em dia até dezembro. Sem uma programação fixa, Arthemis aparece quando as pessoas menos esperam e isso vem sendo feito desde o início do ano.
Enquanto suas aparições no decorrer de 2022 foram em grupos menores, nesta semana ele chamou atenção durante um evento com diversos ciclistas. E, comprovando sua teoria, conta que todo mundo ficou feliz.
“É um trabalho legal e percebi que ele dá até mais certo fora de época. Em alguns domingos eu vou em bairros mais carentes e tem criança que chora, pai que chora porque o Papai Noel aparece do nada. As crianças ficam super felizes mesmo”, conta emocionado.
Por ser um serviço mais voluntário do que pago durante o ano, o Papai Noel de Bonito explica que também é artesão. Acreditando que o amor pelo personagem também é forte devido à questão artística, ele narra que suas duas funções acabam se completando.
“Faço brincos, pulseiras, color, mini chalés, acho mesmo que o Papai Noel vem dessa arte também. As coisas vão se encaixando porque também sou líder comunitário há muitos anos e fazer essas ações com os bairros sempre foi algo que existiu”, Arthemis explica.
E, graças à sua presença sempre confirmada, ele brinca que seu nome já está ficando até esquecido conforme o tempo passa. “Todo mundo me chama de Papai Noel, se você falar meu nome quase ninguém vai se lembrar”.
Feliz com o caminho que ainda tem até dezembro no “pós-pandemia” e orgulhoso do título natalino, Arthemis completa que, além das visitas, ele sempre leva boas palavras como presentes. “Às vezes me perguntam se os presentes não podem chegar antes e digo que o maior presente é estarmos aqui”.
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