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Noite na Rua 14 de Julho foi transformada com a magia tango

Rua 14 de Julho foi transformada em palco com tango. (Foto: Alex Machado) Rua 14 de Julho foi transformada em palco com tango. (Foto: Alex Machado)

Diversão

Encerramento do festival foi feito a céu aberto e levou até quem não iria dançar para o centro da cidade

Iniciado na quinta-feira (3), o Festival Caminhos do Tango finalizou sua programação transformando a Rua 14 de Julho em espaço de dança neste domingo. A céu aberto, o encantamento do ritmo levou tanto os dançarinos quanto seus admiradores para o centro da cidade.

“Tango tem esse encanto, essa magia. Eu não consigo dançar, mas fiquei sabendo e vim para saborear”. Apaixonada pela dança, Tatiane Lara Ribeiro, de 40 anos, pediu até para que fosse substituída em um serviço para conseguir ir até a 14 de Julho e ver o ritmo tomar a rua.

Mesmo com o pé machucado, ela saiu de casa para aproveitar os últimos momentos do festival e conta que não havia chance de se arrepender. “Ver isso acontecendo na cidade é um presente. Nunca havia visto uma apresentação de tango em local aberto aqui em Campo Grande, a gente fica conectado vendo cada passo, cada expressão. É lindo”.

Na esquina com a Afonso Pena, dicas e ensinamentos sobre o ritmo foram construindo a dança aos poucos. E, assim como foi com Tatiane, quem foi até o local renovou o brilho nos olhos ao ver cada passo.

Já tendo perdido as contas de há quanto tempo começou a participar de aulas da dança, Solange Furtado explica que sente falta de mais eventos de tango na cidade. “Em Campo Grande, o tango ainda não tem tanto espaço, os ritmos regionais são os mais fortes. Isso também é importante, mas acredito que é necessário abrir mais espaço para outros tipos de dança”, diz.

Acompanhando cada detalhe do último dia de evento, ela pontuou que participou das outras atividades e que não perderia a chance de ver tango na 14. “A gente que faz parte dos grupos de dança gosta muito, eu sou apaixonada pela dança em geral e com o tango não é diferente”.

Assim como Solange, Elbia Ferreira também faz aulas do ritmo e acredita que aos poucos o tango vai começar a receber mais destaque na cidade. “Eventos assim fazem com que mais pessoas conheçam, se interessem. Seria incrível se fosse algo mais frequente, só têm pontos positivos”, completa.

Sem pressa ou vontade de elitizar o tango durante as aulas e também no encerramento do evento, a idealizadora do festival, Camilla Marques conta que ver sua paixão sendo acessibilizada para mais pessoas é o mais necessário.

“No ano passado, nós não conseguimos levar o tango para a rua, mas foi lindo ainda assim. Esse já era um desejo e nesse ano conseguimos trazer para a 14 de Julho. Mostrar que o tango é, na verdade, abraço, acolhimento e paixão, levando para cada vez mais pessoas é o que importa”, explica Camilla.

Além do tango na rua, a programação do festival também contou com espetáculo no Parque das Nações Indígenas, aulas e milongas com a orquestra Revoada Tangueira. Especificamente sobre a orquestra, Camila contou que o maestro Rafael Fontenelle aceitou montar um repertório de tango e a ideia é seguir com outros eventos.

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