Brasil

Na contramão da tecnologia, comerciante 'teima' em manter correio para comunidade

Antes mesmo da principal Avenida de Dourados ser pavimentada, a caixa postal número 65 já ‘conectava’ a comunidade de imigrantes japoneses com os familiares que permaneceram no Japão. O serviço de correio é levado adiante há mais de seis décadas por pura insistência de Kosuke Ono. 

Nem mesmo os avanços tecnológicos nestes últimos anos, que possibilitaram o contato praticamente instantâneo com pessoas a milhares de quilômetros de distância, fez o comerciante de 88 anos de idade deixar de lado o sistema de correio. 

“Comecei a pegar as correspondências em 1955, abri [a Casa Ono] nos anos 1970 e estou aqui até hoje. Esta loja não está ganhando não [se referido aos lucros do estabelecimento comercial], eu que sou teimoso sabe. Sou assim mesmo”, disse o simpático senhor Kosuke antes de dar uma boa gargalhada. 

O assunto surgiu durante conversa com a equipe de reportagem do Dourados News nesta manhã de quinta-feira (22). 

Kosuke Ono desembarcou no Brasil em 1953. Entre os diversos assuntos, ele fez questão de mencionar a importância do correio para as famílias que moravam na zona rural dos municípios próximos de Dourados e que não possuíam a própria caixa postal. 

Passados 66 anos, a necessidade do serviço de correio inaugurado pela família Fuginaka foi aos poucos perdendo força diante da popularidade dos aparelhos telefônicos e do advento da internet, resultando na comodidade proporcionada pelas redes sociais como, por exemplo, o Fabebook e o WattsApp

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