Brasil

Moradores reconhecem risco de contágio e alegam função social à comunidade com campeonato de futebol

Torneio de futebol amador no Bairro Alves Pereira, em Campo Grande, divide opinião dos próprios frequentadores sobre a questão do risco de contágio do coronavírus. Maioria dos entrevistados reconhecem o risco de contágio mas também argumentam que o campeonato possui uma questão social sobre o cuidado com o local que estava abandonado e também ao lazer para os moradores que gostam de assistir ao futebol perto de casa. Após as finais, estava programada uma apresentação de música ao vivo. A maioria do público presente estava sem máscara.

“O Tony Gol mudou a vila, isso aqui era cheio de mato, todo mundo fala que não pode aglomerar, mas é sinal que alguém é conivente, aqui tem polícia, palco, algodão-doce. Medo a gente tem, mas o pior já passou, eu acho errado, mas a gente não pode ser hipócrita”, diz o mecânico Roberto Dantas, de 47 anos. 

“É bom mais para as crianças, para não ficarem na rua aprendendo coisa que não presta, vão aprender esporte, é muito importante para as pessoas se socializarem”, argumenta a atendente Merlize Morrone, 38, que estava no local com o marido e os três filhos. 

“Não é seguro, tanto que eu estou longe, ninguém aqui está de máscara, por isso estou longe”, disse o encarregado de obras Sergio Nunes, de 40 anos, marido de Merlize.

Covid-19 em Campo Grande

Até este último sábado (14), Campo Grande tinha 3.849 mortes causadas pela covid-19 desde o início da pandemia, de acordo com boletim epidemiológico da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

Ao todo, ainda segundo a Sesau, são 130.557 casos confirmados. Destes, 1.486 estão em isolamento domiciliar, 240 em internação e 124.982 já se recuperaram da doença. Dos internados, 98 estão em leitos clínicos e 139 em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva).

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