Autores de latrocínio namoravam há um mês e estavam fugindo para Campo Grande, onde pretendiam viver juntos
Luiz Venitte Reina, de 68 anos, foi assassinado e teve o corpo jogado no Rio Amambai depois de ser morto por uma menina de 11 anos e um adolescente de 16. Os dois roubaram a caminhonete da vítima na cidade de Itaquiraí, distante 405 km da Capital. Eles foram localizados em Campo Grande e apreendidos pela equipe do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado).
Conforme apurado, os garotos namoram. Durante depoimento o adolescente contou que estava se relacionando com a menina há um mês e que prometeu que ia arrumar uma caminhonete para eles fugirem juntos para Capital e viverem como um casal.
O crime aconteceu nesta terça-feira (9), por volta das 16h30, quando os dois foram roubar a Toyota Hilux de Luiz Venitte. A vítima reagiu ao assalto e foi atingida por um tiro no tórax, disparado pelo adolescente, que ainda atirou na nuca de Luiz. Junto com a menina, ele colocou o corpo da vítima na carroceria da Hilux e jogaram no Rio Amambai.
Segundo informações obtidas pela reportagem, a família da criança acionou a polícia informando que ela havia sido sequestrada. Diante da denúncia a equipe do Dracco foi mobilizada e após investigações encontraram os dois na Rua Antonio Alves Prado, na Moreninha, em Campo Grande. Eles ainda estavam armados e com a caminhonete roubada.
Em uma lixeira, na frente ao local onde eles foram apreendidos, a polícia encontrou documentos pessoais e lâminas de cheque em nome da vítima, que foram descartados com o objetivo de ocultar qualquer vínculo que pudesse associar os dois ao crime. Junto com o adolescente estava um rifle calibre 22, que também foi apreendido.
De acordo com o adolescente manteve postura fria e indiferente durante o depoimento preliminar, alegando ainda que atirou contra Luiz em legítima defesa, já que a vítima reagiu ao roubo. De acordo com a polícia, "não há dúvidas de que o ato infracional para o qual concorreu foi premeditado".
No boletim de ocorrência ainda consta que a "ocultação do cadáver da vítima fatal, assim como o homicídio foram conscientes, voluntários e de comum acordo entre os coautores. A frieza, indiferença e evidências observadas não deixam dúvidas de que o resultado morte foi cruelmente deliberado pelos executores".
O adolescente vai responder por latrocínio, ocultação de cadáver, sequestro da menina de 11 anos e porte ilegal de arma de fogo. Ele foi encaminhado para a Unei (Unidade Educacional de Internação). Não há informações se a menina também foi encaminhada ou entregue à família.
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