Brasil

Magistrado que vetou greve envia processo da Guarda para o Tribunal de Justiça

Na segunda-feira, guardas marcharam até a prefeitura durante protesto. (Foto: Marcos Maluf) Na segunda-feira, guardas marcharam até a prefeitura durante protesto. (Foto: Marcos Maluf)

Capital

Guardas estão acampados em frente à prefeitura e cobram a solução para três demandas

O juiz da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, Ariovaldo Nantes Corrêa, se declarou incompetente para julgar o processo da greve dos guardas municipais e remeteu ação para o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

O magistrado é autor da decisão que proíbe a greve da categoria, ordem que segue válida. Segundo o advogado Márcio Almeida, assessor jurídico do SindGM/CG (Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande), a PGM (Procuradoria-Geral do Município) ingressou com ação no juízo errado.

"Primeiro eles entraram na Vara de Fazenda Pública, que declinou a competência, depois tiveram a sorte de o juiz conceder a liminar, pois mesmo este segundo juízo também era incompetente, como agora foi reconhecido”, afirma Almeida.

De acordo com o advogado, a tendência é manter a inviabilidade da greve, prevalecendo o entendimento que a guarda é uma instituição policial. “Mas é importante que o nosso Tribunal de Justiça se posicione de vez quanto à natureza policial da instituição da Guarda Municipal”.

Em 2020, o TJ-MS acolheu pedidos de associações de policiais militares e proibiu que a Guarda Civil Metropolitana se chamasse Polícia Municipal. Proibidos de fazer greve, os guardas estão acampados em frente à prefeitura de Campo Grande.

O protesto cobra a resolução de três demandas: regulamentação dos plantões, pagamento da periculosidade de 30% a 50% e reenquadramento das categorias.

A prefeitura de Campo Grande informa que está cumprido integralmente o acordo firmado com o Sindicato dos Guardas Civis Metropolitanos.  A Capital  tem 1.027 guardas municipais.

Comentários