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Judoca vice-campeão mundial é recebida com festa em escola da Capital

Esportes

A judoca paralímpica sul-mato-grossense conquistou a medalha de prata na maior competição escolar do mundo

De volta à rotina estudantil na manhã desta terça-feira (24), a judoca paralímpica sul-mato-grossense Larissa Barros de Oliveira, de 16 anos, foi recebida pelos colegas de turma na Escola Estadual Joaquim Murtinho com aplausos e um banner em braile para que ela pudesse ler.

Estudante do 2º ano do Ensino Médio, Larissa é deficiente visual e conquistou a medalha de prata durante as competições Gymnasiade 2022, na Normandia, na França entre os dias 14 e 22 de maio.

A adolescente não era vista pelos colegas em sala desde o dia 7 de maio, quando teve a festa de despedida para primeira viagem internacional representando não só Mato Grosso do Sul, mas também o Brasil.

Segundo o coordenador da escola, Izadir Francisco de Oliveira, quando os outros estudantes ficaram sabendo que Larissa estaria na maior competição escolar do mundo, não pensaram duas vezes em desejar boa sorte com uma “festinha de despedida”.

“Todos nós ficamos na torcida pela Larissa. Ela está conosco há dois anos e os colegas quiseram desejar boa sorte para que ela fosse à competição e quando ela conquistou a medalha de prata a ideia foi receber ela de uma forma especial. Eles tiveram a ideia do banner com a tradução em braile, inclusive” disse ao Campo Grande News.

Enquanto aguardavam Larissa, os colegas ficaram em silêncio até que ela entrasse na sala. Quando a atleta entrou, o coordenador parabenizou a menina que em seguida agradeceu e quando tirou a medalha do bolso os estudantes então aplaudiram a vice-campeã mundial.

Logo depois, ela foi levada até o banner com a frase: “Larissa, a E.E Joaquim Murtinho tem muito orgulho de você. Parabéns pela determinação e objetividade que proporcionaram sua merecida conquista!”, escrita também em braile.

Emocionada, a mãe de Larissa, Ana Paula Barbosa Barros de Souza, 46 anos, também acompanhou a adolescente no retorno às aulas hoje. Ela contou que a filha nasceu com uma má formação congênita e que treina desde os quatro anos.

“Ela treina quatro horas por dia de segunda a sexta-feira. Esse foi foi convocada para seleção brasileira e a medalha é uma recompensa. É muito gratificante. O nosso contato era muito difícil durante a competição, a técnica dela quem manda notícias, inclusive foi quem me avisou da medalha de prata. Estamos muito felizes e orgulhosos”, afirmou Ana Paula.

Ao Campo Grande News, Larissa disse estar muito feliz com a vitória e que o esporte proporciona à ela, além do reconhecimento, a oportunidade de conhecer muitos lugares não só no Brasil, como no mundo, agora.

“É uma sensação de dever 99,9% cumprido, só não foi o 100% porque faltou muito pouco para trazer o ouro. Mas é muito gratificante representar não só meu Estado, mas também o meu país”, declarou a menina um pouco tímida.

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