A fuga de um advogado do Presídio Militar de Campo Grande, ocorrida na última sexta-feira, dia 22 de março, está mobilizando forças de segurança de Mato Grosso do Sul e federais. O advogado estava preso desde fevereiro, acusado de violência doméstica e estupro da enteada. Um inquérito foi instaurado para apurar a fuga.
Na tarde desta terça-feira (26), a assessoria da PM/MS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) disse ao site Midiamax, em nota, que “todas as forças de segurança do estado e até federal foram informadas da fuga do interno”.
Questionada se o advogado já foi localizado e recapturado, a corporação ressaltou que “a PMMS ainda não foi informada se o interno foi recapturado”.
Os advogados ficam detidos em sala de Estado-Maior na unidade prisional e a fuga foi descoberta no momento da entrega de marmitas na última sexta-feira (22). A equipe de serviço fazia a entrega do almoço, quando percebeu que ele não estava no presídio. Foram acionadas as equipes em ronda, mas o acusado não foi encontrado.
Violência doméstica e estupro
Preso desde 23 de fevereiro, o advogado é acusado de agredir, perseguir e ameaçar de morte a ex-namorada em uma cidade no interior de Mato Grosso do Sul. Ele também é acusado de estuprar a ex-enteada, uma menina de 13 anos.
Segundo a polícia, o casal manteve um relacionamento, mas a vítima terminou após o suspeito demonstrar ser violento. Além disso, ele teria confessado o estupro de vulnerável para a mãe da adolescente.
Mesmo assim, as vítimas não procuraram a delegacia para relatar o estupro, que teria ocorrido em agosto de 2023, por medo do advogado. Após o término do namoro, o homem passou a perseguir e ameaçar a ex-namorada.
No dia da prisão, ele teria ido até a casa da vítima e apontado uma arma de fogo para o peito dela. Então, a mulher o acalmou dizendo que voltaria com ele, enquanto a filha ligava para a polícia.
O suspeito foi preso em flagrante na casa do pai e também foi decretada a prisão preventiva. Exames médicos confirmaram que a menina de 13 anos foi estuprada pelo acusado.
No dia 13 de março, a Justiça negou pedido de liberdade provisória feito para o advogado. Ainda assim, ele acabou fugindo do presídio.
Em outubro de 2022, o advogado já havia sido preso por atirar e furar um bloqueio de manifestantes na Rodovia BR-060, em Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande.
Ele chegou a ser suspenso pela OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional de Mato Grosso do Sul). No entanto, atualmente o status do advogado consta como regular.
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