Wilson Nonato está preso desde 2022, acusado de estuprar crianças de 4 a 8 anos, atendidas por ele na Capital
O fonoaudiólogo Wilson Nonato Rabelo Sobrinho foi condenado mais uma vez por estupro de vulnerável, crime cometido contra um dos pacientes atendidos por ele, em clínica de Campo Grande. A sentença é de 18 anos e 8 meses, inicialmente, em regime fechado. Ele também foi condenado a pagar multa de R$ 10 mil por danos morais. Até agora, soma 40 anos de pena.
A condenação de 18 anos e 8 meses foi dada em novembro, em um dos processos que tramitam na Veca (Vara Especializada em Crimes Contra a Criança e Adolescente) contra o réu. Neste caso, a Justiça havia determinado que ele poderia recorrer em liberdade, porém, como ainda há outras ações pendentes de julgamento, Wilson Nonato continua preso.
A defesa do fonoaudiólogo recorreu da sentença, o que será avaliado pelo TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). A reportagem não teve acesso a qual dos casos se trata esta condenação.
Em abril do ano passado, Wilson Nonato já havia sido condenado por estupro cometido contra menino de 8 anos, justamente o caso que o levou à prisão, em flagrante, no dia 9 de março de 2022.
A sentença do juiz Robson Celeste Candeloro, de abril de 2023, foi de 25 anos de prisão, com multa de R$ 10 mil por danos morais. A defesa do fonoaudiólogo apelou da decisão e, em acórdão publicado no dia 21 de fevereiro de 2024, a pena foi reformada e ajustada para 22 anos, 1 mês e 10 dias de reclusão. Na decisão, a 1ª Câmara Criminal do TJ-MS manteve a indenização de R$ 10 mil estipulada.
Somando as duas penas, o fonoaudiólogo tem, pelo menos, 40 anos de condenação por crimes de estupro de vulnerável, conforme as sentenças expedidas pela Veca.
Em outros processos que tramitaram na Veca, consta que ele foi absolvido das acusações, em duas sentenças diferentes, dadas no dia 23 de novembro de 2023. Ainda há outras duas ações pendentes e denúncias que ainda serão ofertadas.
Casos – Wilson Nonato Rabelo Sobrinho foi preso em 2022, na clínica onde trabalhava, no centro de Campo Grande, depois que a mãe de um dos pacientes dele o denunciou pelos abusos sexuais contra o filho. A mulher conta que foi avisada pelo irmão mais velho da vítima sobre o que acontecia com o caçula sempre que ela saía da sala, durante os atendimentos semanais.
A PM (Polícia Militar) foi acionada e depois da divulgação do primeiro caso pela imprensa, vários pais começaram a procurar a polícia. As vítimas tinham entre 4 e 8 anos de idade, todos meninos, que foram atendidos por ele em sessões de fonoaudiologia. Conforme a investigação, Wilson aproveitava do fato de estar sozinho com as crianças, passava a mão nelas, se masturbava e ainda filmava alguns dos abusos praticados.
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