O
delegado Bruno Urban, responsável pelas investigações do incêndio que tomou conta do
mercado atacadista, localizado na avenida Duque de Caixas, em
Campo Grande, recebeu laudo com questionamentos feitos por ele à perícia
criminal. Nas 24 páginas do documento de análise de imagens, a investigação
aponta que o fogo começou por volta das 17 horas e as câmeras não captaram o
início do foco.
"O relatório, das
páginas 182 a 206, analisou as imagens de câmeras e mostrou a atuação dos
brigadistas, além de informar se houve o acionamento dos splinkers. Ele também
informa se a câmera captou o início do foco do incêndio e também respondeu
outras perguntas que eu fiz, como por exemplo se os produtos que estavam ali
poderiam permanecer lado a lado e se isso pode ter causado um superaquecimento,
por exemplo", afirmou ao G1 o
delegado.
No primeiro
questionamento, a polícia quer saber se é possível verificar em qual local e
horário o fogo se inicia. Conforme os peritos, que se basearam nos horários
marcados nas câmeras, o início do fogo começou às 17 horas, no corredor seis,
da perfumaria.
Em seguida, o laudo aponta que os
funcionários tentaram apagar o fogo, porém, não
desenrolaram a mangueira corretamente, o que inclusive deixou alguns molhados e
também o alarme não tocou, já que vários clientes continuaram fazendo compras
normalmente, mesmo com o início das chamas. Da mesma forma, não houve o
acionamento dos splinkers, ainda de acordo com o laudo.
Agora,
o delegado fala que as investigações continuam no prazo, porém, se necessário,
ele pedirá mais 30 dias para análise e conclusão do inquérito. Por enquanto,
ainda segundo Urban, não houve indiciamentos.
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