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Dono da Xispitta vai à Justiça por indenização de jovem que matou gata

Dono da gatinha Xispitta, morta com requintes de crueldade na madrugada de 19 de fevereiro em bairro nobre de Dourados, ingressou com ação judicial contra o jovem acusado pelo crime e pede indenização de R$ 35 mil por danos morais e materiais. 

O processo foi distribuído por sorteio à 6ª Vara Cível da comarca na quarta-feira (3) e cita entendimento do STJ (Superior Tribunal de Justiça) segundo o qual animais em geral, como os cães de estimação, estão enquadrados na categoria de bens semoventes — suscetíveis de movimento próprio e passíveis de posse e propriedade.

“Estamos falando aqui de uma vida, claro que não é humana, porém nobre julgador, quem tem um animalzinho de estimação, e somente quem tem, pode entender o valor desta vida. Para transformar isso em dinheiro, claro que a um primeiro momento, também é possível dizer que nada existe no mundo que pague o fato do assassinato de uma vida na qual estimamos, e ainda mais com requintes de crueldade, tortura e insanidade”, argumenta o advogado que representa o dono da gatinha. 

O autor do processo, estudante que mora com os pais no Jardim Europa, narra ter recebido de um vizinho o vídeo que mostrava “cenas de barbárie, perpetradas pelo requerido junto ao animalzinho de estimação”. “Nota-se claramente no vídeo, a pessoa de Pedro Trotta, chutando, arrastando, e maltratando o animal, sem nenhum motivo aparente que justificasse o injustificável”, pontua.

“Imagine excelência, a dor que o autor da ação sentiu naquele momento. Pois além de ver seu animalzinho morto, ainda teve que se defrontar com as cenas de filme de terror a qual foi confrontado no vídeo. O fato ocorrido tornou-se matéria jornalística de vários meios da mídia aqui em Dourados e também pelo estado de MS. A investida do requerido junto ao animalzinho, durou aproximadamente 5 minutos, tempo suficiente para que o mesmo viesse a óbito”, prossegue o advogado no pedido de indenização.

Além desse processo na esfera cível, Pedro Trota, de 21 anos, ainda é alvo de inquérito policial que tramita na Polícia Civil e também foi autuado administrativamente em R$ 3 mil pela PMA (Polícia Militar Ambiental). Como não houve flagrante do crime, o jovem responde em liberdade. 

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