Num dia de preocupações domésticas e externas, o dólar oscilou bastante, mas fechou em leve alta nesta quarta-feira (8). A Bolsa de Valores teve nova queda e atingiu o menor nível em três semanas.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 4,89, com alta de R$ 0,016 (+0,33%). A cotação chegou a cair durante a manhã, atingindo R$ 4,84 na mínima do dia, por volta das 10h30. No entanto, as turbulências no mercado internacional pesaram, e a moeda subiu após a abertura dos mercados norte-americanos. A divisa acumula alta de 2,88% em junho. Em 2022, no entanto, ela cai 12,3%.
No mercado de ações, o dia foi mais complicado. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 108.368 pontos, com queda de 1,55%. O indicador está no nível mais baixo desde 19 de maio, quando tinha fechado pouco acima dos 107 mil pontos.
Mercado instável
Dois fatores contribuíram para a instabilidade no mercado financeiro. O primeiro envolve as repercussões da proposta de emenda à Constituição (PEC) que pretende zerar o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis até o fim do ano e ressarcir os estados.
Ontem (7), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, confirmou a intenção de votar, na próxima segunda-feira (13), o projeto de lei que institui um teto de ICMS para combustíveis e energia, que faz parte do pacote para baixar os preços dos combustíveis.
No mercado internacional, as preocupações com a inflação nos Estados Unidos voltaram a pesar. A maior economia do planeta enfrenta a maior elevação de preços nos últimos 40 anos. Nesta quarta-feira, as bolsas norte-americanas caíram, e as taxas dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos subiram. Juros mais altos em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.
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