Uma diarista de 39 anos, alvo da operação Gold Miner, deflagrada pela 3ª Delegacia de Polícia Civil na manhã desta quinta-feira, dia 30 de novembro, furtou joias das casas de três irmãs para quem prestava serviço há cerca de seis anos. Ao todo, foram levados R$ 1 milhão em objetos de valor, sendo R$ 400 mil em uma das residências e R$ 600 mil das duas outras, todas localizadas no Bairro Carandá Bosque, em Campo Grande.
Durante coletiva de imprensa na tarde de hoje, os delegados Priscilla Anuda, Jennifer Estevam e Regis de Almeida explicaram que a suspeita estava sendo investigada desde maio deste ano, quando o primeiro boletim de ocorrência foi registrado.
Conforme apurou o Campo Grande News, a vítima de 43 anos procurou a delegacia no dia 10 de maio e relatou ter ido até seu quarto arrumar uns pertences pessoais dois dias antes e percebeu que algumas joias que ficavam dentro de uma gaveta não estavam no local. Na ocasião, ela relatou que apenas a diarista teria acesso ao dormitório, além dela e seu esposo.
No relato, a mulher afirmou ainda que uma semana antes havia mostrado um anel de formatura e a caneta para a suspeita e pediu para que ela tomasse cuidado com os objetos e naquele dia ao verificar, encontrou apenas a caneta no local.
Os outros dois casos foram registrados no dia 26 de julho deste ano. Ambas as mulheres são irmãs da primeira vítima. Uma delas, de 46 anos, contou que no dia 24 daquele mês notou a ausência de R$ 1,2 mil e de um casaco, uma aliança e um porta-aliança. Ela também afirmou que a diarista era a única quem tinha acesso a sua casa e no dia 17 ficou sozinha na casa.
A mulher ainda afirmou que havia contratado a diarista há cerca de seis meses por indicação de sua irmã e quando contou sobre o furto, ela informou que na sua casa também haviam sumido alguns objetos e ela suspeitava da funcionária.
Já a terceira vítima, mulher de 52 anos, contou que a funcionária trabalhava para ela há mais de 10 anos e que há aproximadamente seis anos passou a prestar serviços como diarista e que era uma pessoa de confiança da família. No entanto, no dia 24 de julho, recebeu uma ligação da irmã dizendo que a suspeita havia furtado alguns objetos de sua casa.
Com isso, ela passou a observar sua residência e viu que algumas joias haviam desaparecido. A mulher então também registrou o boletim de ocorrência e a diarista passou a ser investigada por furto qualificado por abuso de confiança.
A suspeita chegou a ser alvo de mandado de busca e apreensão há alguns meses e segundo a delegada Priscilla, a casa dela passou por uma grande reforma, o que levantou ainda mais suspeitas. Além disso, foi feito o pedido de quebra de sigilo bancário e foram encontradas várias transferências via Pix para a mulher das joalherias que foram alvo da operação nesta quinta.
Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão. Nove dos alvos são investigados, sendo quatro conduzidos para a delegacia e apenas um preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e receptação qualificada, já que duas das vitimas reconheceram joias no estabelecimento dele.
Ainda segundo os delegados, a diarista não foi presa por ser ré primária e não representar perigo para a sociedade, no entanto, foi indiciada por furto qualificado.
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