A delegada Paula Ribeiro dos Santos, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Dourados, disse em coletiva de impressa na manhã desta quarta-feira (28) que o motorista de aplicativo acusado de estupro é inocente. De acordo com a delegada, a menor responderá por ato infracional analogo ao crime de denunciação caluniosa.

O homem de 42 anos foi preso na sexta-feira (23) em Dourados, acusado de estupro contra a adolescente de 15 anos. Segundo denuncia da menina, o crime teria ocorrido no caminho até a escola, o motorista teria parado o veículo e passado as mão nas pernas da garota. A menor ainda disse que o motorista havia se masturbado e ejaculado no tênis dela.

O atendimento inicial foi feito pela Delegada adjunta Stella Paris, que colheu o depoimento da menor acompanhada da mãe, o boletim de ocorrência foi registrado e equipes de investigação fizeram deligências para encontrar o acusado. A delegada explicou que nos casos de denuncias de violência sexual, principalmente quando não há testemunhas, as autoridades tem por obrigação acolhimento e valorização da palavra da vítima, porém destacou que acima de tudo buscam a verdade dos fatos.

 A Psicóloga Regina Célia Dias, responsável pelas perícias psicológicas em investigação dos casos de abuso sexual infanto-juvenil, atendeu a adolescente, que verbalizou que o estupro não ocorreu e que o motorista era inocente. "O trabalho foi realizado com foco de acolhimento e acabamos descobrindo o motivo que levou essa menor a mentir, não podemos revelar por tratar-se de uma adolecente, mas a família foi comunicada e orientada como buscar ajuda e proceder nesse caso.", afirmou.

De acordo com a delegada Paula, independente da fala da vítima, a perícia e investigação foi feita pela Polícia Civil, diversas câmeras de segurança foram analisadas, a fim de elucidar o caso. "O motorista é inocente, fizemos perícia no carro, no tênis, checamos as imagens do percurso, o celular dele, enfim, a corrida foi feita normalmente, como deveria ser feita", esclareceu a delegada.