Pesquisa de intenção de consumo divulgada pela Federação do Comércio de Mato Grosso do Sul estima que Dourados terá movimentação financeira R$ 17 milhões superior na Páscoa deste ano em comparação com o mesmo período de 2020. Em todo o Estado, a movimentação esperada é de R$ 250 milhões.
Especificamente quanto à maior e mais populosa cidade do interior sul-mato-grossense, a expectativa é pela injeção de R$ 12.270.956 na economia com compras de presentes e mais R$ 11.913.940 nos gastos com comemorações.
No ano passado, essas projeções apontavam para R$ 3.658.816 e R$ 2.668.528, respectivamente.
Isso porque, nessa mesma época, diante dos primeiros casos do novo coronavírus na região, a então prefeita de Dourados decretou situação de emergência e determinou que o comércio só mantivesse expediente entre às 10h e às 18h de segunda-feira a sábado, exceto mercados e supermercados, hipermercados, farmácias e postos de combustíveis.
Aquele cenário de incertezas já sinalizava queda acentuada nas intenções de consumo para Páscoa no comparativo com 2019, quando o comércio douradense projetava faturar R$ 8.748.808 com presentes e em R$ 7.929.034 comemorações.
“No ano passado, com as incertezas do início da pandemia e a suspensão do atendimento presencial, muitas pessoas não conseguiram sequer comprar os ovos, houve devolução dos produtos que são pegos em consignação e mesmo suspensão de fornecimento”, ponderou a economista Daniela Dias, do IPF-MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento de Mato Grosso do Sul).
A pesquisa detalha ainda que no âmbito estadual, ovos e chocolates devem propiciar R$ 136,66 milhões em vendas (53% do total), enquanto as comemorações são estimadas em R$ 119,27 milhões (47%).
No primeiro grupo, o gasto médio projetado é de R$ 143,21 e no segundo de R$ 146,88. Entre as preferências, 73% dos consumidores sul-mato-grossenses pretendem comprar ovos de Páscoa, 23% caixas de bombons, 22% ovos caseiros de chocolate, 7% barra de chocolate, 7% cesta de café e chocolates, e 1% não soube responder.
Mesmo com o agravamento da pandemia e novo decreto estadual endurecendo regras para evitar aglomerações, a pesquisa da Fecomércio assinala que 77% das pessoas entrevistas pretendem comprar presencialmente nas lojas, enquanto 7% à distância, outros 7% farão os próprios produtos, e 10% à distância de profissionais autônomos ou em lojas virtuais.
Para a economista Vanessa Schmidt, do Sebrae MS, também responsável pelo levantamento de intenção de consumo, o empresariado deve estar atento aos dados para adequar o planejamento de vendas.
“Em relação ao comportamento dos consumidores, com grande expectativa de compras em lojas físicas é importante que os empresários estejam atentos, principalmente nos dias que precedem a data, sobre como vai organizar as logísticas de biossegurança para esse consumidor e também para as pessoas que vão comemorar em casa, mais de 80%. O empresário deve se perguntar: quem vai preparar os alimentos, como vou comunicar e quais pratos especiais vou oferecer nesta data. Será importante também reforçar as redes sociais e apostar em linhas especiais, como zero lactose, fitness e orgânicos”, afirmou.
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