Brasil

Ciclo da violência: 7 meses antes de ser morta, Laís denunciou o marido por ameaças e agressões

Na época, ele descumpriu medida protetiva e fugiu da polícia

Em 7 de janeiro deste ano, Laís de Jesus Cruz, 29 anos, procurou a polícia em Sonora, cidade distante 361 quilômetros de Campo Grande, para denunciar o então ex-marido, Pabilo dos Santos Trindade, 35 anos. Naquele dia ele descumpriu medida protetiva, ameaçou de morte e agrediu a vítima, supostamente por não aceitar o fim do relacionamento.

Segundo o registro feito na delegacia, Laís contou que conviveu com Pabilo por aproximadamente 3 anos, e teve um filho com ele, hoje com 2 anos de idade. Na época ela revelou que o relacionamento era conturbado e violento e que já tinha sido agredida fisicamente pelo ex-marido.

Em novembro de 2020, ela já tinha registrado boletim de ocorrência, por lesão corporal qualificada pela violência doméstica, ocasião em que solicitou medida protetiva de urgência. Mesmo assim, naquele dia 6 de janeiro Pabilo descumpriu a medida, foi até a casa de Laís e disse que queria conversar, para reatar o relacionamento.

A vítima se negou, momento em que Pabilo passou a fazer ameaças e disse que “faria da vida dela um inferno, até que desistisse de viver”. Durante a discussão, ele agrediu a ex-mulher com tapas no rosto, pegou o celular da vítima e jogou contra a parede, o danificando. Após as agressões, ele ainda continuou na residência e dormiu na casa.

Além de dormir na casa da vítima, ele obrigou Laís a dormir em um cobertor, no chão. Na manhã seguinte, saiu às 5 horas para trabalhar, retornou às 9 horas e jogou todas as roupas da vítima para fora da casa. Segundo Laís, ele já estava se relacionando com outra pessoa, mas mesmo assim não aceitava o fim do casamento.

Após Pabilo sair novamente, Laís chamou a Polícia Militar, que foi até a academia onde prenderia o suspeito em flagrante pelo descumprimento da medida protetiva. Ao notar a viatura, ele saiu por uma porta lateral e fugiu.

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