Brasil

Após barbárie, vítimas de violência nas aldeias podem acusar crimes pelo "zap-denúncia"

Nesta quinta-feira (23), às 10h30, a Defensoria Pública de MS lançou o “zap-denúncia” para casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes indígenas, no CRAS/NAM Bororó. A ação visa garantir que as vítimas tenham total sigilo ao denunciar um crime.

O projeto acontece quase dois meses após o assassinato da menina Raíssa Cabreira, estuprada e arremessada de um paredão de aproximadamente 20m na Reserva Indígena local. 

O lançamento ocorreu durante o projeto “Defensoria Pública na Aldeia”, que consiste em levar justiça às populações residentes nas aldeias indígenas do Estado. 

Neste caso específico, o “zap-denúncia” foi implementado porque as mulheres indígenas que auxiliam no enfrentamento ao abuso sexual contra crianças e adolescentes informaram que quando denunciam, têm o nome revelado e passam a sofrer ameaças e perseguições dos abusadores.

A ação é desencadeada por meio do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos povos indígenas e da Igualdade Racial e étnica (NUPPIR), em parceria com o Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Nudeca) e o Núcleo Institucional de Promoção e defesa dos Direitos da Mulher.

Para que o novo serviço atinja amplamente a comunidades indígenas, a Defensoria Pública traduziu todos os materiais de divulgação do disque denúncia para as línguas Guarani e Terena.

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