Brasil

Ainda sem teto para viver, criador do Fusca Transformer apela de novo por ajuda

Celso vive em uma varanda nos fundos da casa que foi destruída. (Foto: Henrique Kawaminami) Celso vive em uma varanda nos fundos da casa que foi destruída. (Foto: Henrique Kawaminami)

Capital

Conhecido por ter modificado veículo, Celso teve casa destruída após incêndio na Vila Taveirópolis

Após perder a casa em um incêndio, Celso Ramos Aristimunho, de 64 anos, conhecido em Campo Grande por ter construído o Fusca Transformer, faz novo apelo a aqueles que puderem ajudar na reconstrução do imóvel e na manutenção dos gastos diários.

A residência, de madeira, ficava em um terreno na Rua São Sebastião, na Vila Taveirópolis. A suspeita é que o fogo tenha começado por um curto circuito no pisca-pisca da árvore de Natal que era ligado todas as noites pela sobrinha.

Ele relata que, recentemente, ficou dois dias acamado por conta de problemas de saúde e ainda está abalado com o que aconteceu. “Tenho um probleminha, que não posso comer nada sólido, e passei mal. Me dá esse problema intestinal, mas eu supero. Tem muitos anos que lido com isso.”

Segundo Celso, um problema técnico no celular o impediu de receber doações e de responder aqueles que desejavam ajudar. “A repercussão foi grande, mas meu celular já estava com problema, com o vidro quebrado, dando pane. Levei para arrumar, mas depois que peguei, veio funcionando em partes. Pessoal me ligava, eu atendia e ouvia, mas eles não me ouviam e aí desligava sozinho.”

Até ontem a noite, eu perdi muitas doações. O pessoal estava ligando para fazer doações e eu não conseguia atender ninguém. Peço desculpas para quem ligou e eu não correspondi, mas se puderem retornar, vou atender, porque agora o celular vai estar funcionando", diz Celso.

Ele explica que juntou um dinheiro e comprou um celular por cerca de R$ 800, que agora pode receber ligações. Além disso, recebeu sacolões, colchões e várias sacolas de roupa, que têm ajudado.

“Ainda temos um pouco do dinheiro da doação, mas vai fazer falta, no futuro próximo”, lamenta. Segundo ele, há despesas com locomoção, medicamentos e alimentação. Atualmente, ele dorme nos fundos da casa, em um colchão estirado no chão. “Não é fácil não, é frio, pernilongo. Essa noite, os pernilongos queriam me comer vivo, fora a poeira e o cheiro de queimado.”

Por fim, Celso ressalta que a despesa aumentou, já que um sobrinho está ajudando para cuidar da sobrinha, e ele entende que “precisa ajudar” o familiar. Ele vive junto a irmã Vânia Ramos Aristimunho, de 56, e a sobrinha Juliana Aristimunho Colman, de 36, que possui transtorno mental.

Ontem foi meu aniversário, me senti melhor e trabalhei o dia todo. Se meu celular estivesse funcionando, desde o primeiro momento, com as ligações que recebi, penso que já teria dado início a construção da casa, com utensílios domésticos, que perdi tudo.”

Celso e a família moram na Rua São Sebastião, número 196, na Vila Taveirópolis. Seu celular é o (67) 99962-7215. Há também uma vaquinha on-line, que pode ser acessada por este link.

Confira a galeria de imagens:

Comentários